quarta-feira, 4 de julho de 2012

Candidatos planejam primeiros passos da campanha em SP


Os pré-candidatos à prefeitura de São Paulo começam já nessa sexta-feira, primeiro dia da liberação da propaganda eleitoral, seus atos públicos de campanha pelas ruas da capital paulista. Soninha Francine (PPS), Celso Russomanno (PRB) e Fernando Haddad (PT) já têm compromissos agendados e devem ir às ruas se encontrar com a população, dando início oficialmente a seus compromissos eleitorais.
Soninha Francine optou por um café da manhã no Pátio do Colégio, no centro de São Paulo, onde foi fundada a cidade. A pré-candidata irá ao local acompanhada de seu vice, Lucas Albano (PMN), e de partidários das duas legendas.
Celso Russomanno fará, de manhã, uma viagem de metrô da estação São Judas, na zona sul de São Paulo, até a Sé, no Centro. Na Sé, o pré-candidato, que não terá seu vice, Luiz Flávio Borges D¿Urso (PTB), a seu lado, estará acompanhado de lideranças de seu partido e dos outros coligados. Russomanno pretende ainda tomar um café em um estabelecimento local.
Fernando Haddad também escolheu realizar seu primeiro ato de campanha no Centro da capital paulista. O petista fará durante a tarde uma caminhada na região, que partirá da Praça do Patriarca, próxima à prefeitura de São Paulo, acompanhado pela militância do PT.
Paulinho da Força ainda não oficializou sua agenda, mas pretende fazer uma caminhada pelo Brás, região central de São Paulo, na manhã de sexta-feira.
Gabriel Chalita (PMDB), Carlos Giannazi (Psol) e José Serra (PSDB) ainda não divulgaram seus compromissos.

Greve para cartórios eleitorais de 19 Estados


Para pressionar o governo federal e os políticos, servidores da Justiça Eleitoral de 19 Estados marcaram paralisações para hoje e amanhã, últimos dias do prazo de registro de candidaturas para as eleições deste ano. Sindicalistas prometem um "apagão" nos cartórios eleitorais de AL, AM, BA, DF, ES, GO, MA, MG, MT, PB, PE, PI, RJ, RN, RO, RS, SC, SP e TO.
Segundo a Fenajufe, a federação nacional da classe, o alcance do movimento pode ser maior, pois há uma convocação para que os funcionários do Judiciário Federal de todos os Estado participem da greve de 48 horas.
Os alvos do movimento são o governo e os políticos porque os servidores dependem deles para que ocorra um reajuste de 31% nos salários da categoria.
O aumento só sairá se o Congresso Nacional aprovar um novo plano de cargos e salários para a categoria.
Em São Paulo, os servidores estão em greve desde o dia 28. Ontem, a adesão ao movimento na sede do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo foi de 25%, segundo a assessoria do órgão.
O Sintrajud, sindicato local, estimou que 80% dos servidores cruzaram os braços ontem.
Na frente dos prédios do TRE e da 1ª Zona Eleitoral (local de registro de candidaturas na capital), os grevistas fizeram piquetes e montaram tendas.
Constrangidos, alguns servidores, advogados e candidatos deixaram de entrar nos edifícios da Justiça.
A Polícia Militar aumentou seu efetivo nos locais e houve bate-boca entre sindicalistas e policiais. 

TSE monitora ameaça de greve em meio a registro de candidatos

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, afirmou nesta terça-feira que está "monitorando" a ameaça de greve de servidores da Justiça Eleitoral nesta quarta e quinta-feiras, últimos dias de registro dos candidatos às eleições municipais.
A ministra, que vem defendendo o pleito dos trabalhadores nos últimos meses, afirmou que o direito de reivindicação dos servidores "não pode passar por cima" da premissa constitucional do acesso da população aos serviços públicos.
"A forma de lutar por esses pleitos nunca é descumprir a Constituição, que afirma que serviço público é contínuo, não pode ter paralisação", declarou a ministra.
A ministra se reuniu antes do evento com presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) para avaliar a situação nos Estados.
A presidente do TSE afirmou que a reunião não resultou em uma estratégia para evitar problemas nos dias que concentram o maior volume de registro de candidaturas. Ela disse que está acompanhando a situação e que só pode pensar em uma alternativa, como o alongamento do prazo de registro, caso "se fizer necessário".
Cármen Lúcia assinou protocolo de cooperação com o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O acordo tem como objetivo promover campanhas de conscientização pelo voto limpo.

No clima da decisão da Libertadores, candidatos à Prefeitura de São Paulo "viram a casaca" e declaram apoio ao Corinthians

No clima da final entre o Corinthians e os argentinos do Boca Juniors, que definem nesta quarta-feira (4) o título da Copa Libertadores da América, no Estádio do Pacaembu, zona oeste da capital paulista, a maioria dos pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo “virou a casaca” e declarou apoio ao alvinegro paulistano.

Dentre os principais candidatos na disputa municipal, apenas o deputado federal Gabriel Chalita (PMDB) é corintiano de verdade. Apesar disso, não foi o único a dizer que vai torcer pela vitória do time brasileiro na final da Libertadores.
O são-paulino Celso Russomanno (PRB) faz malabarismo para explicar que, apesar de ser torcedor do time do Morumbi, zona oeste de São Paulo, também é corintiano. “Vou torcer pelo Corinthians, temos que torcer pelo Brasil contra os argentinos”, diz ele. “Na verdade, sou são-paulino, mas sempre torci pelo Corinthians. Quando casei com minha primeira esposa, lá em 1984, era corintiano”, afirma Russomanno. “Mas ela e toda a família eram são-paulinos, aí acabei gostando do São Paulo também”, diz ele, que aposta num 2 a 0 para o alvinegro paulistano. Russomanno afirma que, se conseguir ingressos, irá para o Pacaembu assistir à final.

Veja o "bolão dos candidatos" à Prefeitura de São Paulo para a final da Libertadores
Celso Russomanno2 x 1 para o Corinthians
Gabriel Chalita1 x 0 para o Corinthians
Soninha FrancineDecisão nos pênaltis com vitória do Corinthians
Carlos Giannazi2 x 1 para o Corinthians
Levy Fidélix2 x 1 para o Corinthians
Paulinho2 x 0 para o Corinthians
José Serranão arriscou resultado
Fernando Haddad

não arriscou resultado

Até os palmeirenses

Mesmo quem torce para o Palmeiras, arquirrival do Corinthians, não conseguiu declarar apoio ao Boca Juniors. José Serra, pré-candidato tucano à prefeitura, é conhecido por ser um palmeirense fanático. Perguntado na terça-feira (2) se torceria para o Corinthians na final, respondeu, mesmo que com um pouco de ironia, “claro que vou”. “Pela segunda vez tenho um vice na minha chapa que é corintiano [Alexandre Schneider, do PSD]. O primeiro foi o [Alberto] Goldman. Esse altruísmo ninguém comenta”, afirmou Serra em tom de brincadeira. Ele pretende assistir à partida em casa.
Já Soninha Francine (PPS), também palmeirense “roxa”, não chega a afirmar que torcerá pelo Timão, mas também não diz que torcerá contra. “Não consigo desejar mal para o Corinthians. Gosto de futebol e estou torcendo para que seja um grande jogo”, diz Soninha. Para ela, a partida será vencida pelo time brasileiro, em uma disputa de pênaltis. Como estará saindo de uma palestra, Soninha diz que provavelmente assistirá o jogo em algum bar ou restaurante no caminho de casa.
Fernando Haddad (PT) é são-paulino, mas também prefere tentar angariar a simpatia dos corintianos. “Espero que seja um grande espetáculo e que a torcida do Corinthians festeje uma grande vitória, com muita paz e alegria”, afirma ele, diplomaticamente. O santista Levy Fidélix (PRTB) também procurou colocar seu apoio ao Timão na linha do argumento de que “o Corinthians é o Brasil na Libertadores”. “Sem dúvida torço pelo Corinthians amanhã, apesar de ainda estar sentido com a derrota do Santos na fase anterior”, diz ele. “Mas no futebol, assim como na vida, não se pode ganhar todas”, diz Fidélix, que aposta em um placar de 2 a 1 para o time alvinegro.

O deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL) é são-paulino. Apesar disso, também aposta que o Corinthians ganha por dois a um nesta quarta-feira.
“Quando o Corinthians ganhar, vou ligar para o meu vice, o Joaquim Grava [médico do Corinthians], e dar meus parabéns para ele”, diz o deputado federal Paulo Pereira (PDT), o Paulinho da Força. Segunda ele, vai dar Corinthians por dois a zero.
O único corintiano dentre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, Chalita diz que está em Brasília e, se houver tempo, irá ao Pacaembu para assistir à final. “Vai dar Corinthians na cabeça, mas com muito sofrimento antes”, diz ele, que aposta em um placar de 1 a 0 para o Corinthians.