terça-feira, 10 de julho de 2012

Campanha de vereador paulistano pode custar até R$ 3 bi


Se todos os candidatos a vereador de São Paulo conseguirem arrecadar o máximo que pretendem, a campanha eleitoral para a Câmara Municipal paulistana vai custar R$ 3,248 bilhões. Na média, cada um dos 1.185 postulantes prevê gastar R$ 2,741 milhões. Mas a média é enganadora. Os tetos de gastos variam dos R$ 50 mil previstos pelos candidatos do PCO a R$ 5 milhões, estimados pelos integrantes das chapas do PSD, PSDB, PRB, PT do B e PTN.
O máximo de gastos previstos pelo DEM é de R$ 4 milhões por candidato -o mesmo valor estipulado pelo PR. O PT, o PP e o PMDB estabeleceram um teto de R$ 3 milhões por vereador. O do PDT é metade disso.
Em 2008, porém, os gastos efetivos de campanha foram uma fração dos tetos previstos. A regra deve se repetir este ano. Os partidos estipulam tetos muito mais altos do que efetivamente conseguem arrecadar para não ter problemas com a Justiça eleitoral.
Na média, o candidato a vereador paulistano tem 49 anos, é do sexo masculino (só 31% de mulheres), concluiu o ensino médio, começou a fazer faculdade mas a maioria não concliu o curso. Tem boa chance de ser empresário, comerciante ou advogado.
Só metade dos candidatos a vereador nasceu no município onde pretendem se eleger, uma proporção bem superior à da população de São Paulo. Dos moradores da cidade, 69% são paulistanos. A maior parte dos candidatos “forasteiros” nasceu em outras cidades paulistas. Depois vêm os nascidos na Bahia, Minas Gerais e Pernambuco.

A candidata de mais idade é a cantora Angela Maria (PTB), de 83 anos. O mais novo é do PSOL: Michel Lutaif tem apenas 18 anos.

Russomanno visita região da 25 de março e critica pirataria

Em visita nesta terça-feira, 10, à região da 25 de março, o candidato à Prefeitura de São Paulo Celso Russomanno (PRB) criticou a venda de produtos piratas e prometeu regularizar a situação dos vendedores ambulantes.
 "A Prefeitura foi omissa durante anos e anos e agora vem com ações para retirá-los (os ambulantes) à força. Temos que regularizar a situação deles e definir onde eles podem vender os seus produtos, desde que sejam produtos de qualidade."
Segundo Russomanno, a sua arma contra a pirataria vai ser a educação. "O que precisa, em primeiro lugar, é educar o consumidor e o comerciante explicando quais são os males que a pirataria causa, mostrando, por exemplo, que ela não gera emprego, não arrecada impostos e faz mal à saúde e à segurança das pessoas", disse.
Após caminhar pela galeria Pagé, conversar com lojistas e bater fotos com eleitores, o candidato disse que vai marcar uma reunião com os comerciantes da região para debater propostas.
Nova Luz. Em uma crítica à atual gestão do prefeito Gilberto Kassab (PSD), Russomanno afirmou ainda que vai rever o projeto Nova Luz, devido à falta de diálogo entre a Prefeitura e a população.
"Não se pode impor um projeto. A população tem de ser ouvida. Se tivesse havido audiências públicas, o projeto Nova Luz estaria andando", disse.
O projeto pretende revitalizar 45 quarteirões do centro da capital por meio da concessão das obras à iniciativa privada, mas foi suspenso pela Justiça em junho. A acusação é de que a Prefeitura não permitiu a participação popular na hora de elaborar as propostas