quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Mercado LGBT: Tire sua empresa do armário!


A Comunidade LGBT está cada vez mais atraente para o mercado de consumo. E não basta apenas pendurar uma bandeira do arco-íris na frente do negócio. No início da década de 1980, os empresários começaram a olhar mais atentamente para o público LGBT. Hoje, há uma forte expansão deste mercado.

Uma famosa marca de vodka foi uma das primeiras a apresentar anúncios visando especificamente os consumidores gays. Duas imagens da silhueta de uma garrafa, uma com as cores da bandeira do arco-íris, e outra em forma de armário aberto. Isso foi em 1995, e marcou uma nova etapa para o mercado. O público LGBT deixou de ser ignorado e marginalizado, passando a ser considerado como um mercado bastante atraente.


Só para se ter uma ideia, atualmente no México os consumidores LGTBs gastam cerca de 5 milhões de dólares ao ano, a tendência é que esse consumo aumente ainda mais. Estes dados levaram alguns empresários a reinventar seus negócios, criando ofertas destinadas exclusivamente para a comunidade LGBT.
Arturo Salcedo, pesquisador e acadêmico mexicano, dá alguns conselhos aos empresários - já que não é suficiente apenas hastear uma bandeira multicolorida na porta dos estabelecimentos:
- Honestidade: A Comunidade LGBT não é apenas um negócio para se ganhar dinheiro.
- Mercado: Quais são as demandas do público LGTB? Identifica-las e encontrar uma forma mais criativa para atendê-las.
- Limites: Identificar qual o consumidor ideal para o seu produto específico.
- Estratégia: Para atingir um número maior de clientes potenciais, anuncie nos lugares mais frequentados pelo público LGTB, em publicações especializadas, instalações específicas, etc.
Essas dicas, acompanhadas de publicidade atraente e um bom plano de trabalho, podem fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso empresarial, pelo menos quando se fala em consumidores LGBTs.

Turismo LGBT move 75 milhões de dólares por ano no Brasil

A feira de negócios "Expo Business LGBT Mercosul 2012" abriu as suas portas e oferece novos dados sobre o volume de negócios do grupo. Surpreende o volume do Brasil. De acordo com um relatório da empresa de consultoria, InSearch, os serviços para o público homossexual no país movem aproximadamente 150 milhões de reais (cerca de 75 milhões de dólares) por ano, é o segundo maior mercado depois dos Estados Unidos."
As perspectivas são ainda melhores. A expectativa é de que as despesas do setor de turismo cresçam 34 por cento só este ano, quase quatro vezes a média mundial, de acordo com informações do setor dadas durante o evento.
O Presidente da Associação Brasileira de turismo para Gays, lésbicas e simpatizantes (Abrat GLS), Oswaldo Valinote, indicou que o crescimento médio mundial será de 9% e irá gerar um volume de negócios de aproximadamente 165.000 milhões de dólares.
Valinote ressaltou que os operadores turísticos no Brasil e em alguns países do cone sul devem estar "preparados" para a demanda com um atendimento diferenciado.
Japão, França, Alemanha, Reino Unido e Itália são os outros países que se destacam no setor turístico, de acordo com um relatório com 40.000 participantes apresentado pela Fitur ano passado.
Só a Parada do Orgulho LGTB de São Paulo reúne mais de 2 milhões de pessoas anualmente. Estima-se que o Brasil tem aproximadamente 18 milhões de homossexuais, algo em torno de 10% da população (190 milhões de pessoas). Aproximadamente 150 Paradas são realizadas no país.
Os programas e planos desenvolvidos com sucesso para os consumidores homossexuais pelos governos e operadores locais em Tel Aviv (Israel), Mendoza (Argentina) e Uruguai também foram expostos na feira, que aconteceu no último fim de semana em São Paulo.