sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Com 2min na TV, Russomanno tem o horário eleitoral mais bem avaliado, aponta Datafolha

Para os telespectadores da propaganda eleitoral, o candidato do PRB à Prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno, é quem se sai melhor na TV.
Segundo a pesquisa Datafolha, divulgada na quarta-feira (12), 34% dos entrevistados que responderam que assistiram ao horário eleitoral algum dia disseram que o programa de Russomanno é o melhor.

Política sai do armário: 155 candidaturas LGBT disputam eleições de 2012

Em 1996, um grupo de 8 ativistas gays resolveram dar visibilidade às demandas da população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) junto ao Legislativo, e se candidataram nas eleições municipais daquele ano. Dezesseis anos mais tarde, em 2012, há 155 candidaturas LGBT, representando um aumento de 1.937,5%.
Há uma candidatura (gay) ao cargo de prefeito de João Pessoa e 154 candidaturas a vereador(a) em 24 dos 26 estados (não há eleições no Distrito Federal), faltando apenas os estados do Acre e do Mato Grosso. São 85 candidaturas de gays, 25 lésbicas, 24 transexuais, 16 travestis, 4 bissexuais e uma drag queen.
Os estados com mais candidaturas LGBT incluem a Bahia com 34, seguida de São Paulo com 27, Minas Gerais com 18 e Rio Grande do Sul com 12.
As candidaturas também são diversificadas em termos dos partidos políticos. São 24 partidos ao total, desde o PSC e os Democratas até o PSTU. Os partidos com mais candidaturas LGBT são o PT (27), o PSOL (19), o PSB (15), o PCdoB (13), o PV (9), o PSDB (6) e o Democratas (3).

Além das candidaturas assumidamente LGBT, também há as candidaturas aliadas da causa LGBT. Já são 43 candidatos/as que assinaram o Termo de Compromisso da campanha “Voto contra a homofobia, defendo a cidadania”.
Informações adicionais identificando as candidaturas, cargos pretendidos, município, estado, partido e contatos estão disponíveis em www.abglt.org.br, no menu direito, em Eleições 2012.
Nessas eleições, por iniciativa do Grupo Dignidade (Curitiba-PR) e com apoio com a ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) e Grupo Libertos Comunicação (Belo Horizonte-MG), foi fundada a União Nacional Pluripartidária LBGT, cujos objetivos incluem a colocação da pauta da diversidade sexual dentro dos partidos políticos e a eleição de candidaturas LGBT assumidas.
Toni Reis, presidente da ABGLT salienta que “embora tenhamos feito essa lista de candidaturas LGBT e aliadas à causa LGBT com o objetivo de orientar o eleitorado LGBT, é importante que as pessoas procurem conhecer a história de luta e as propostas dos/das candidatos/as antes de votar neles. Não basta ser uma candidatura LGBT. A recomendação também é que não sejam candidaturas corporativistas voltadas apenas para a população LGBT, mas que ampliem para outras populações, assim como abranjam os temas sociais, como a saúde, educação e segurança pública,” acrescenta.
Confira abaixo a lista de candidaturas LGBT no estado de São Paulo:
Eleições 2012 – Candidatos(as) LGBT em São Paulo
Cidade
Candidat@
Part
No
LGBT
Contato
BarueriRoseli FerreiraPRP44.013Léswww.bedetatoo.com.br
BarueriRicardo SantosPR22.022Gay
BauruMakinho da DiversidadePMDB15.555Gaymarkinho@labirinthus.com.br
CampinasLohren BeautyPCdoB65.050Draglohren.beauty@yahoo.com.br
CampinasPaulo MariantePT13.133Gaypaulomariante@uol.com.br
GuarulhosGenivaldo Espindola MelPT13.124Gaymelespindola@yahoo.com.br
JacareíLuiz André MoresiPCdoB65.065Gayluizandre.moresi@hotmail.com
JandiraBriggitte AndradePRTB28.500Transbrigithy_2010@hotmail.com
LimeiraLaércio BaraldiPSB40.024Gaycad.limeira@yahoo.com.br
Mogi das CruzesAlexandre HerculanoPSOL50.100Gayaherculano@bol.com.br
Mogi das CruzesAlexandra do Lata VelhaPRB10.100Transprbmogi@bol.com.br/
Mogi das CruzesHeraldo DuartePCB21.333Gaywww.facebook.com/heraldo.duarte.9
PaulíniaFlávia DiasPDT12.123Transflard@bol.com.br
PiracicabaAnselmo FigueiredoPT13.003Gay13003anselmofigueiredo@gmail.com
PoáHenrique NicodemoPSOL50.555Gaywww.facebook.com/nicodemopsol
Santo AndréMarcelo GilPTdoB70.356Gaywww.marcelogilsantoandre.com
São CarlosDanilo FloridoPSOL50.777Gaydaniloflorido
São PauloBill da PizzaPSOL50.000Gaywww.facebook.com/billpizza
São PauloFrederico SosnowskiPSOL50.850Gayfredrski@gmail.com
São PauloMário GregoPSOL50.664Gay
São PauloSilvetty MontillaPSOL50.077Gay
São PauloMarcos FernandesPSDB45.452Gaymarcosfernandes45452@uol.com.br
São PauloMarcos FreirePT13.124Gay
São PauloPaula BeatrizPSOL50.031Transpaulabeatriz@professor.sp.gov.br
São PauloMaria FuentesPTB14.555Lésmariafuentesptb@gmail.com
São PauloSerginho BBBPSD55.025Gay
São PauloBruna BabaluPSOL50.830Trav

sábado, 8 de setembro de 2012

Próximo prefeito herdará sistema de saúde avaliado como o pior problema de SP

O próximo prefeito de São Paulo herdará um sistema de saúde avaliado como o principal problema da cidade por paulistanos e terá o desafio de definir o futuro das parcerias com entidades privadas.
Hoje, seis em cada dez unidades de saúde não são administradas diretamente pela prefeitura da cidade, acusada pelo TCM (Tribunal de Contas do Município) de falhar na fiscalização das verbas repassadas.
A prefeitura usa dois tipos de parceria: convênios, desde 2001, e contratos com OSs (Organizações Sociais), que começou em 2007 e virou a estratégia de Gilberto Kassab (PSD) para expandir a rede.
Em 2011, as OSs receberam R$ 1,1 bilhão --o maior gasto municipal com serviços terceirizados, segundo o TCM. Com a verba, seria possível erguer 11 hospitais --Kassab prometeu construir três, que não foram feitos.
As OSs fazem 75% das consultas médicas da rede.
Para especialistas, o modelo é positivo por permitir ampliação rápida dos serviços, já que as entidades não precisam de licitação para reformas e têm mais liberdade para contratar e fazer compras.
"O custo de operação é mais barato porque elas têm um poder de barganha melhor para comprar insumos, que são uma parte importante dos gastos", diz Irineu Frare, coordenador de projetos e do MBA em gestão pública da Fundação Getúlio Vargas.
Mas ele aponta que é preciso melhorar o controle da verba. A opinião é a mesma do TCM, que analisou quatro dos 26 contratos da prefeitura com OSs e constatou irregularidades, como metas não cumpridas e dinheiro colocado em aplicações financeiras.
Quando há sobra, a prefeitura deve fazer um desconto no repasse seguinte, o que não estava sendo feito, diz o órgão. A prefeitura nega.
"Não há uma estrutura modernizada, com pessoas adequadas para fazer essa avaliação. Apenas em 2012 foi implementado um sistema eletrônico que ajuda a equipe a avaliar os documentos", afirma o conselheiro Maurício Faria, ex-vereador do PT.
Nenhum dos candidatos apresentou propostas efetivas de como melhorar a fiscalização. A prefeitura diz que as prestações são analisadas por 26 pessoas com formações como em administração pública e direito.
PROBLEMAS
O modelo das OSs trouxe avanços: desde 2007 o número de consultas em AMAs (Assistências Médicas Ambulatoriais) saltou 174%. O de exames de imagens subiu 42%. Já consultas em UBSs (Unidades Básicas de Saúde), onde é possível marcar hora com especialistas, caíram 10%.
Mas o modelo também não resolveu problemas como a longa espera para consultas, exames e cirurgias, que pode chegar a meses. Todos os exames na cidade hoje são feitos por meio de parcerias.
Editoria de Arte/Folhapress
Editoria de Arte/Folhapress

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

'Eu incomodo os grandes partidos', diz Russomanno

O candidato à Prefeitura de São Paulo Celso Russomanno (PRB) afirmou, em entrevista exclusiva ao iG, que talvez não precise de apoio no segundo turno. "Eu não posso falar de alianças porque a gente não chegou no segundo turno ainda", afirmou o candidato, que, segundo a última pesquisa Datafolha, lidera com 35% das intenções de voto. Questionado sobre quem poderia se incomodar com o bom desempenho de sua candidatura, Russomanno afirmou: "Eu acho que incomodo os grandes partidos políticos que vem governando São Paulo e se alternando".
O candidato também comentou sobre o polêmico vídeo em que aparece "dando uma conferida" em uma morena durante uma reportagem para a televisão durante o carnaval. "Você assistiu aos vídeos? Eu cometi alguma irregularidade? Algo que não fosse natural? Todas as brincadeiras sem falar um palavrão, sem atentar contra o pudor de ninguém", afirmou Russomanno. "O ataque (divulgação do vídeo) teve a intenção de desmoralizar e só jogou a meu favor."
Ele afirmou também que não se pode misturar religião e política e que há uma tentativa de ligar seu nome à Igreja Universal do Reino De Deus. Ainda assim, o candidato reafirmou que se existisse uma igreja em cada quarteirão, "nós teríamos uma sociedade mais livre, mais justa". "As pessoas não matem e não robam, não é porque elas têm medo de ter preso, é porque elas têm uma religião".
Celso Russomanno disse que seu partido, o PRB, foi fundado por um "católico fervoroso", em referência ao ex-vice-presidente José Alencar, e que ele mesmo frequentou a Igreja Católica desde criança. "No meu partido, 80% é católico ou ligado a alguma coisa do catolicismo, 20% são evangélicos. Dos 20%, apenas 6% são da Igreja Universal", afirmou. "No meu partido, até os homossexuais têm espaço e são candidatos."
Questionado sobre o fato de ser desconhecido por grande parte da população, e do medo existente em parcela da sociedade sobre quais pessoas estão por trás dele, o candidato do PRB afirmou que "professores universitários da USP e de outras universidades" apoiam sua candidatura.
Instigado a dar um conselho a Fernando Haddad (PT), que hoje está coligado com Paulo Maluf (PP) - presidente estadual do antigo partido de Celso Russomanno - o candidato se negou a fazer comentários sobre o assunto. "Foi uma guerra judicial (com Paulo Maluf), uma atrás da outra. É só ver quantas ações judiciais foram trocadas dentro do PP. Só me mantive lá, porque obedeço a fidelidade partidária"